O Vice-Presidente do Grupo Parlamentar do Partido Socialista/Açores, Carlos Silva, alertou esta quarta-feira para o agravamento do desequilíbrio das contas públicas da Região, à luz dos dados hoje divulgados pelo Instituto Nacional de Estatística (INE) e pelo Serviço Regional de Estatística dos Açores (SREA), frisando que o responsável pelo aumento da dívida e pelo desequilíbrio orçamental é o Presidente do Governo de Coligação, José Manuel Bolieiro.
“O défice agravou-se em 51,4 milhões de euros, representando um aumento de 39% face ao ano anterior, e a dívida regional cresceu 88,5 milhões de euros. Isto significa que a Região continua a aumentar, ao mesmo tempo, a despesa e a dívida”, sublinhou o parlamentar.
Carlos Silva apontou que “o agravamento do défice indicia mais pagamentos em atraso e um aumento dos prazos de pagamento a fornecedores”, o que demonstra “um claro descontrolo na gestão das finanças públicas regionais”.
O deputado destacou ainda a incongruência revelada pelo SREA relativamente ao PRR. “Há cerca de 50 milhões de euros de diferença entre receitas recebidas e montantes efetivamente executados no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência. Este desfasamento demonstra a baixa execução dos fundos europeus e precisa de uma explicação urgente por parte do Governo Regional.”
Enquanto o país atinge um excedente orçamental e reduz a sua dívida, os Açores seguem em sentido contrário. “Estamos perante uma trajetória regional profundamente preocupante, que contrasta com os bons resultados a nível nacional”, frisou Carlos Silva, recordando que o PS tem vindo a denunciar a falta de rigor e o mau desempenho financeiro deste Governo de coligação.
“Os dados hoje conhecidos confirmam o que o PS/Açores tem dito: há um agravamento do desequilíbrio das contas públicas e um aumento contínuo da dívida, com consequências graves para a economia regional e para a vida das famílias açorianas. José Manuel Bolieiro é já responsável por uma herança de 900 milhões de euros no aumento da dívida e por muitos atrasos nos pagamentos aos forneceres e às famílias”, concluiu.
Ponta Delgada, 26 de março de 2025
